Panóptico de Bentham

Obra de Michel Foucault, de 1975- Vigiar e Punir. Na obra Foucault estuda as instituições disciplinares da sociedade moderna e tenta lidar com o crescente aumento populacional e as transformações oriundas desta demanda, com isso ele utilizará como modelo o Panóptico de Bentham, do séc. 18.
O Panóptico é um dispositivo de vigilância cujo modelo de arquitetura pode ser aplicável às mais diversas instituições: prisões, hospícios, hospitais ou até mesmo escolas.
Modelo Panóptico
O panóptico pode ser descrito como uma estrutura física, um prédio circular com uma torre central, de onde pode se observar as celas construídas a sua volta.
As celas eram divididas por paredes laterais, no interior teriam duas janelas, para fazer com que a luz atravesse cada uma delas (efeito contraluz, onde a visibilidade é uma armadilha). É um lugar luminoso e escuro ao mesmo tempo; luminoso, porque a luz entra pela janela; escuro, pois dessa janela nada se pode ver do exterior. Digamos que a luz cega a vista.
Eram trancados por grades para entrada da luz e do ar. As grades de cada compartimento não poderiam ser grossas a ponto de dificultar a visão da torre de controle, pois assim os vigiados seriam vistos em sua totalidade.
A torre de observação também teria grandes janelas abertas para as celas. Dentro da central panóptica, as janelas estariam recobertas com persianas ou biombos para impedir os que estivessem sendo observados de perceberem que estariam sendo vigiados.
Na posição central fica o vigilante que tem visão geral mais que é invisivel para os prisioneiros. Podemos também afirmar que o projeto é econômico na medida em que um grande número de pessoas pode ser observado por um único vigilante, pois a arquitetura do edifício assim o permite.
Os prisioneiros sabem que estão sendo observados 24 horas por dia, porque sempre há alguém na torre vigiando. É visto, mas não vê: “...induzir no detento um estado consciente e permanente de visibilidade que assegura o funcionamento