Pantemporaneo

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Método Pantemporâneo de Interpretação
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> Darci Figueiredo
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> Aos 60 anos de idade e, com um currículo de 30 anos de prática de
> teatro no Brasil e no exterior (nos cinco continentes), tenho me
> dedicado à prática de um método, por mim criado, ao qual dei o título
> de: Método Pantemporâneo de Interpretação. Ele advém, de uma pesquisa
> que teve início em meados dos anos 80, quando de minha passagem por
> Manaus-AM, ao descobrir, por exemplo, que os atores locais tinham,
> naturalmente, uma excelente Projeção Vocal, ausência de tensões
> físicas e uma postura de intérpretes de Teatro Clássico. Ao estudar a
> cultura amazônica, percebi que os métodos com os quais eu havia
> trabalhado até então, não se aplicavam aos artistas de palco daquele
> Estado e tampouco se aplicavam para um país tropical-Brasil. Senti que
> lhes faltava, um pouco mais de destreza técnica e alguns conhecimentos
> teóricos sobre a representação teatral e a cinematográfica.
> Iniciaram-se neste momento, meus estudos no campo da neurociência, da
> comunicação e da cultura, aspectos relacionados à área estética em
> questão. Minhas investidas ganhariam mais força, se eu me aprimorasse
> na pesquisa de culturas diferenciadas, de expressões singulares no
> modo de fazer teatro e, assim motivado, “botei” o pé no mundo: Estados
> Unidos, Finlândia, Portugal, Espanha, Alemanha, Japão, África do Sul,
> Austrália, Suécia, Nova Zelândia. Fui beber em ricas fontes para
> melhor e maior conceber as minhas.
>
> Depois de ter erigido meu próprio método e de tê-lo colocado em
> prática no teatro, nacional e internacional, hoje, sentindo-me mais
> amadurecido com ele, aplico-o nos espetáculos que dirijo,
> considerando-o, metaforicamente, um “anti-método”. Constatei, que esta
> descoberta oferece um rendimento imediato aos intérpretes, o que muito
> facilita toda a engrenagem de uma encenação, além de garantir uma
> poética encantadora aos “seguidores de Dioniso!”.
>

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