Pancreatite
Introdução
O pâncreas (conhecido nos açougues como pão doce do abdome) é um órgao localizado transversalmente à parede posterior do abdome, retroperitoneal, na região epigástrica e hipocôndrica esquerda entre as vértebras T12 e L2.
É vascularizado pelos ramos da artéria esplênica, da artéria gastroduodenal e ramos da artéria mesentérica superior, enervado pelos plexos simpático e parassimpático (Vago CN. X).
Durante a fase embrionária, o pâncreas é formado a partir de dois brotos: um ventral (menor) e um dorsal (maior), que vão se fundir posteriormente durante o desenvolvimento fetal. O broto ventral e menor vai dar origem a parte da cabeça e processo uncinado do órgão, enquanto o broto dorsal e maior dará origem a todo o resto do mesmo.
O pâncreas é um órgão exócrino (produz enzimas digestivas) e endócrino (secreta hormônios). No parênquima pancreático encontram-se as ilhotas de Langerhans responsáveis pela produção dos hormônios pancreáticos (insuluna – células beta, glucagon – células alfa, somatostatina – células delta).
Os componentes exócrinos do pâncreas são: células ductais, células centroacinares e células acinares, estas responsáveis pela secreção hidroeletrolítica (sódio, potássio, cálcio, cloreto e bicarbonata, principalmente); secreção enzimática (amilase, lipase, colipase, trispsina e quimiotripsina). As secreções pancreáticas são responsáveis pela alcalinização do quimo e digestão das proteínas alimentares. No quadro de pancreatite aguda todo esse processo digestivo fica bastante prejudicado, assim como, também, em casos mais graves e/ou crônicos, a função endócrina do mesmo.
Tipos de pancreatite
Pancreatite crônica
A pancreatite crônica é irreversível e promove a destruição do parênquima pancreático exócrino e em situações avançadas atinge a parte endócrina. Apesar de a pancreatite crônica poder apresentar seguidos episódios de pancreatite aguda, o que as difere é o fato da crônica ser