Pampam da filosofia

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"Não somos violentos, jamais atacamos pessoas", protestam os "veteranos" do Black Bloc. Não é violência destruir os símbolos do capitalismo selvagem, da exploração, da globalização - lojas, caixas automáticos, carros de luxo..." dizem os participantes do bloco. Por outro lado, temos Gandhi que dizia " Eu levanto, diante do imoral, uma oposição mental e, portanto, moral. Trato de inutilizar a espada do tirano, não a cruzando com um aço melhor afiado, senão, defraudando sua esperança ao não oferecer nenhuma resistência física...". O desejo de ambos é a luta contra a tirania, mas o método e o pensamento são bem opostos. É a velha dicotomia da diversidade de meios para um mesmo fim.

Os "Black Bloc" têm por hábito nunca andar armados. Objetos simples, muitas vezes encontrados pelo caminho, são transformados em armas improvisadas (pedras, extintores de incêndio, placas de trânsito, vergalhões de aço encontrados em canteiros de obras). Seu intuito é ser imprevisível, incontrolável e visível apenas no breve momento da ação, graças à inconfundível máscara e às roupas pretas. Juntos pelo mesmo interesse se reúnem para protestar, em manifestações de rua, e desafiar as empresas capitalistas e as "forças de ordem". Eles são estruturas efêmeras, informais, não hierárquicas e descentralizadas. Unidos adquirem força suficiente para confrontar a polícia, bem como atacar e destruir propriedades públicas e privadas. Contudo geram polêmica entre a população. Uns os apoiam, outros os repudiam, pois não concordam com os seus métodos e ação destrutiva, seja do patrimônio público bem como do particular.

A política da "Não violência" - pensamento puro da Índia - exprime completamente o comportamento e a filosofia de Gandhi, segundo suas próprias palavras: “A Não Violência não consiste em renunciar a toda luta real contra o mal. A Não violência, tal como eu a concebo, coloca (ao contrário), uma campanha mais ativa e mais real contra o mal que a Lei do Talião, cuja própria

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