Palestra sobre Kant
Para ser científico todo discurso tem que ser sistemático. A unidade sistemática é que diferencia a ciência do conhecimento vulgar. Para compreender Kant ‘é preciso conhecer seu sistema1. O discurso estético de Kant é compreensível no conjunto do seu sistema. Crítica da Faculdade de Julgar 2‑ A CFJ ‑ contém a vontade de Kant de tudo relacionar ao seu sistema.
Os exemplos que Kant utiliza para ilustrar os julgamentos estéticos serão destacados na palestra. O esteta aprecia as coisas, tem um gosto pessoal, Kant como esteta, tem a frieza do ideal científico e a fragilidade do calor humano.
A crítica do gosto não é só a exposição do princípio de uma boa crítica, que visa o estudo da faculdade de julgar, embasando-a em princípios a priori, sobre os quais repousa o espírito. Este o motor conceitual que anima o conjunto de seu sistema.
É preciso falar sobre o problema do exemplo ‑ são recurso para ilustrar uma idéia, confirmá-la em particular, pois enquanto a idéia geral, o exemplo contem em si mesmo o acidental/ concreto, todo julgamento estético é um exemplo não somente para ilustrar uma idéia, mas algo que diz respeito a um objeto particular.
“A rosa é bela” ‑ o indivíduo e o objeto envolvidos são precisos, o que estimula o julgamento é a sensação, sensibilidade. Compreender que em Kant a sensação não é a matéria do juízo estético. O julgamento estético é universal, mas não é intelectual. Este tampouco é anônimo, é aplicado a um objeto individual que alcança um conceito geral, a beleza. O julgamento estético é universal e subjetivo. Este é exemplar, mas é válido para todo mundo. (por que Kant acredita que as pessoas tem estruturas mentais e sensibilidade comuns).
O julgamento estético vai além da sensação, porque para Kant o sujeito que considera uma rosa não é determinado por nenhum interesse. ( A arte é uma finalidade sem fim, é desinteressada). Isto quer dizer que o