Paixão Amor e Compaixão

É muito comum que tentem avaliar nossa vida através de relatos de terceiros, mas ela (a vida) vale pena pelas experiências e sensações e muito dificilmente o relato é fidedigno ao que é sentido, principalmente se for expresso por outro que não aquele que sente. As boas sensações tem sido reunidas através da história do pensamento majoritariamente por detrás da palavra “amor”. Então, parece verdadeiro afirmar que, quando a vida é vivida com amor, terá muito mais graça e cor, certo? Por exemplo, acordar numa segunda feira as 8 horas da manhã parece bem possível e até agradável se, naquele dia, formos encontrar algum amor. Sem amor, no entanto, a vida é arrastada e passa-se a semana inteira esperando o fim de semana pra separar a desgraça da semana anterior do pesadelo da próxima semana. O amor parece mesmo a referência, né? E amor é sentimento, ou seja, escapa do nosso controle – nada tem a ver com a vontade, nada tem a ver com decisão, com escolha, o amor não é uma questão moral. Moral é a inteligênia a serviço da vida. Existe moral toda vez que escolhemos o caminho, toda vez que decidimos uma alternativa, toda vez que jogamos no lixo possibilidades de vida que decidimos não viver. Moral é escolha, é decisão racional. O amor não, o amor é sentimento; fenômeno do nosso corpo que se presta a nossa contemplação, surge sem que tenhamos optado e vai embora sem que nada possamos fazer pra impedir. Amor e moral não tem nada a ver. No entanto, é fácil perceber que na hora de usarmos a inteligência para escolher a vida, o amor é a grande referência. Já que não ama, fala como se amasse – a moral é uma imitação do comportamento de quem ama. A moral é uma tentativa desesperada de agir como se amássemos, sem amor. Quem ama dá não por genorisadade, dá por amor. Generosidade é imitação do compotamento de quem ama também: o generoso é aquele que dá sem amar, assim, somos todos generosos em alguma medida. Mas quem ama dá por amor, sem precisar pensar, decidir ou escolher - nem