Padrão de qualidade na educação

PADRÃO DE QUALIDADE NA EDUCAÇÃO

O esforço por um sistema nacional ostensivo de ensino pode contribuir para o distanciamento de um “padrão de qualidade” e de “conteúdo”, devido à falência articulatória entre os sistemas educacionais das esferas públicas. Para alguns especialistas a municipalização dificulta um plano de educação no médio e no longo prazo. Carlos Roberto Jamil Cury, defende que “é necessário definir um padrão do que se espera que todo cidadão domine ao terminar a Educação Básica” , entretanto tal medida implicaria em criar uma lei de responsabilidade educacional, precipitando em custos elevados, considerando-se, inclusive, a formação do corpo docente, entre outros fatores. Certamente, as ideias conservadoras, preconceituosas, e principalmente políticas interferem na escolha de um caminho justo e, verdadeiramente democrático.
Desta forma, percebe-se a necessidade urgente da renovação de valores e de métodos educacionais, atributos da modalidade de educação online, que muito pode contribuir para um padrão de qualidade e uma base de conteúdos que sejam disponibilizados para todos, como quer Cury. Contudo, considerando-se que o que é preciso aprender não pode ser planejado, nem precisamente definido com antecedência, tal como nos orienta o filósofo da informação Pierre Lévy (SENAC) , a busca por um padrão de qualidade e uma “base de conteúdos” no processo ensino e aprendizagem precisa estar pautada nas experiências de vida dos indivíduos - tal como antes de Platão - ou, como defendia o professor de Filologia e filósofo alemão Friedrich Nietzsche em sua crítica à educação da Alemanha oitocentista , cuja apreensão deflagra a necessidade de formar um ser integralmente preparado para a vida. Na atualidade, as competências para “aprender, transmitir saberes e produzir conhecimentos” na dinâmica integrante da nova natureza do trabalho, lançam novos paradigmas de aquisição dos conhecimentos e de constituição dos saberes, e irrompem novos espaços de acesso