Os votos santos

1.1- Discussão Temática

Na década de 1990, o fenômeno pentecostal demonstrou sua força através da conquista de novos adeptos e expansão política. Esta ultima, retratada pela eleição dentre as fileiras de representantes nas esferas, municipal (vereadores), estadual (deputados) e federal (deputados federais e senadores da republica).Dentro da historia republicana brasileira nos últimos pleitos demonstram a importância dos neo-pentecostais como descreve Oro (2003).

Os neo-pentecostais não traduzem sua força política apenas nos momentos eleitorais mais também na criação de organismos como Associação Evangélica Brasileira( AEVB) e o Conselho Nacional de Pastores do Brasil (CNPB) que possuem as mesmas características da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) vinculada a Igreja Católica Apostólica Romana(Meneses, 1995).

Neste entrelaçamento de fé e política as organizações religiosas que se destacaram foram a Assembléia de Deus e a Igreja Universal do Reino de Deus atuando de forma estratégica e sistemática para eleger os representantes a elas vinculados destacando-se em nível nacional o pastor da universal, Marcelo Crivella senador filiado ao Partido Republicano Brasileiro (PRB) eleito pelo Rio de Janeiro e sobrinho do Bispo Edir Macedo líder da Igreja Universal do Reino de Deus .

Para obter os votos necessário são utilizados três estratégias: uma para ganhar o voto daqueles que não são evangélicos, um para ganhar o voto do que é evangélico de outra igreja e a última de não perder o voto de seus fiéis ainda tendo o apoio devido daqueles que freqüenta a congregação. Na Universal podemos verificar, ainda, um todo peculiar de fazer política que repercute na distribuição de seus representantes por diversos partidos políticos conseguindo com isso um meio mais eficaz de alcançar seus objetivos através da barganha política o que não impede que em determinadas situações os interesses da igreja sejam colocados a frente dos interesses partidários.