Os trabalhadores urbanos na fala dos outros
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM HISTÓRIA SOCIAL DO TRABALHO
DISCIPLINA: TEMAS DE HISTÓRIA SOCIAL DO TRABALHO NO BRASIL
PREFESSOR (A): CLEIDE DE LIMA CHAVES
ALUNO - JOSÉ BONIFACIO DE OLIVEIRA
ASSUNTO: AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA
OS TRABALHADORES URBANOS NA FALA DOS OUTROS
O texto de Paoli, tem como ponto básico, a realização de uma nova interpretação da história do movimento dos trabalhadores urbanos no período de 1920/40, uma vez que, também, são vários os historiadores e sociólogos que vão se enveredar em avaliações semelhantes, com o intuito de revelar que o movimento dos trabalhadores, suas lutas, suas vitórias e derrotas não são relativos apenas a uma historiografia tradicional reinante na década de 1960, escritas a partir de relatos partidários, sindicais e estatais. Pois, uma nova interpretação pode ser efetivamente priorizada, como por exemplo: as lutas cotidianas dos trabalhadores a partir do chão da fábrica, muitas vezes, sem a participação de um aparelho ideológico.
A história do movimento operário no Brasil, portanto, a partir da década de 1970, vai ter novas interpretações, principalmente no que se diz respeito a uma história voltada para o cotidiano do operário; de suas lutas e, de sua vida, uma vez que, até então, o enfoque dessa história privilegia as metodologias tradicionais, que por sua vez, dava uma ênfase ao movimento operário como se fosse parte integrante de um Partido, de um Sindicato ou Associação, e, até mesmo, do Estado.
Para Paoli, uma das premissas que fundamenta essa nova interpretação da história do trabalhador urbano no Brasil - até os anos de 1930 -, é o deslocamento das interpretações que suscitavam que o chão da fábrica significava apenas sofrimentos para o trabalhador, para uma compreensão que, o chão da fábrica, era na realidade, o espaço onde os trabalhadores - muitas vezes independente de partidos, sindicatos, etc -