OS tipos legitimos de dominação (Max weber)

Para Max Weber, a dominação pode ser descrita como "a probabilidade de encontrar obediência a um determinado mandato, pode fundar-se em diversos motivos de submissão" (Weber, s/d pg128). É movida por diversos interesses, de vantagens e inconvenientes por parte daquele que obedece. Pode também ser determinada simplesmente por um hábito cego de um comportamento inalterado, ou pelo puro afeto, na mera inclinação pessoal do súdito. As bases que legitimam a dominação são três, e cada uma delas se acha entrelaçada em algum momento.
Os três tipos puros de dominação legítima são: dominação legal, dominação tradicional e dominação carismática. A dominação legal tem como tipo mais puro a dominação burocrática. Tem como ideia básica "qualquer direito pode ser criado e modificado mediante um estatuto sancionado corretamente quanto à forma." (Weber, s/d pg128) A associação dominante é eleita ou nomeada. Na dominação legal, obedece-se não à pessoa em virtude de seu direito próprio, mas sim à uma regra que é estatuída, a regra determina ao mesmo tempo a quem e em que medida se deve obedecer. Ao emitir uma ordem à lei ou regulamento, quem a ordenou também tem de obedece-la. O tipo do funcionário deve ser de formação profissional, suas condições de serviço são baseadas em um contrato. O seu ideal é proceder sem a influência de motivos pessoais. Não somente a estrutura moderna do Estado corresponde naturalmente ao tipo da dominação legal, "mas também a relação de domínio numa empresa capitalista privada, numa associação com fins utilitários ou numa união de qualquer outra natureza que disponha de um quadro administrativo numeroso e hierarquicamente articulado." (Weber, s/d pg129) Para Weber o tipo mais puro da Dominação legal constitui-se na burocracia, porém nenhum tipo de dominação é exclusivamente burocrática, uma vez que nenhuma é exercida unicamente por funcionários contratados. Também não é possível encontrar quadros administrativos que são puramente burocráticos. A