Os sofistas

Quando falamos de sofistas, logo pensamos em pessoas falsas, dissimuladas, que fingem serem detentores da verdade. Essa é a imagem mais usual acerca dos sofistas, porém não é a mais adequada. Os sofistas foram os primeiros filósofos do período socrático. Eles se opunham à filosofia pré-socrática dizendo que estes ensinavam coisas contraditórias e repletas de erros que não apresentavam utilidades na polis. Dessa forma, substituíram a natureza, que antes era o principal objeto de reflexão, pela arte da persuasão. Sofistas podem ser traduzidos por “sábio” e “sabedoria”. Sofhos e sophistes eram na Grécia, sinônimos.Para iniciarmos nosso estudo sobre os sofistas temos que considerar que chegaram até nós apenas alguns poucos fragmentos de escritas. Quase nada chegou até nós e a maioria das coisas que sabemos sobre eles é apresentada por meios de seus principais rivais, Platão e Aristóteles.
Os sofistas ensinavam técnicas que auxiliaram as pessoas a defenderem o seu pensamento particular e suas próprias opiniões contrarias para que, dessa forma conseguisse seu espaço. Por desprezarem algumas discussões feitas pelos filósofos, eram chamados de céticos, até mesmo por Sócrates que se rebelou contra eles dizendo que desrespeitavam a verdade e o amor pela sabedoria.
Eles foram os primeiros profissionais da educação os primeiros professores pagos, que se organizaram como classe. Os sofistas eram antes de qualquer coisa, educadores. Eram professores itinerantes, via de uma cidade a outra. Não eram cidadãos atenienses, eram estrangeiros. Percorriam a Grécia e se propunham a ensinar Arete (virtude). Embora os sofistas cobrassem por suas aulas, há relatos, com os de Isócrates, que afirmam que nenhum deles fez grande fortuna.
Note que os sofistas se propunham em ensinar a Arete, com tudo não se tratava de transmitir virtudes, mas de levar o alume à arte retórica, arte – mestra, para os bons cidadãos no ambiente da república. Vale a pena perceber a dimensão prática da atividade