os quatro cavaleiros da barca do inferno

366 palavras 2 páginas
O Auto da barco do inferno

Os quatro cavaleiros

Os quatro cavaleiros são os únicos, fora os Parvo, que se salvam. A estes não se aplica o critério geral de serem julgados pelo bem ou pelo mal praticados. Pois são considerados “mártires” por terem morrido em combate pela Fé, na “Guerra Santa”.
O sacrifício das suas vidas, lutando por Cristo contra os infiéis, deu-lhes passaporte imediato para o Céu, redimindo-os de erros passados. Surgem envolvidos de um belo canto de louvor a Deus, os quatro juntos, como se fosse uma só personagem.
Por isso deu para perceber que como lutaram a vida toda em nome de Deus, apesar de terem morto pessoas inocentes, porem não crentes a Deus Gil Vicente, o autor da obra, quis recompensa-los (a categoria dos Cavaleiros) pelos sacrifícios feitos de uma vida de Luta.

Há mesmo uma aproximação entre o "Auto da Índia", no que contem de mais profundo, e o episódio camoniano do Velho do Restelo está na mesma "linha estratégica": afinal, o "velho de aspecto venerando (que) meneando três vezes a cabeça descontente / a voz pesada um pouco alevantando" defende a expansão para Marrocos e não para a Índia, até poderia ser Mestre Gil! Com a circunstancia temporal de que o "Auto de Índia" é de 1509, e a "Barca do Inferno" de 1516. Entre ambos, temos a formidável "Exortação da Guerra": e aí, já Gil Vicente proclama a ligação intima entre o destino nacional, a missão religiosa e a guerra em Marrocos: "Avante, avante Senhores / pois que com grandes favores / todo o céu vos favorece: / el-rei de Fez esmorece / e Marrocos dá clamores.(...) Alabardas, alabardas! / espingardas, espingardas!"

Ora, no "Auto da Barca do Inferno", os "quatro Fidalgos, cavaleiros da Ordem de Cristo, que morreram nas partes de África e vêm cantando a quatro vozes", salvam-se exactamente pelos seus feitos de armas. Poisa diz o Anjo: "Ó cavaleiros de Deus / a vós estou esperando / que morrestes pelejando / por Cristo, senhor dos céus. / Sois livres de todo o mal /

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