Os Meios de Comunicação como extensões do Homem - Resenha Crítica

1527 palavras 7 páginas
Mais importante do que a comunicação tecnicamente eficaz, o modelo teórico trazido por McLuhan preocupa-se principalmente com as consequências desse processo na sensibilidade individual e coletiva, indo além do conteúdo da mensagem e valendo-se do impacto psicológico obtido através dos resultados práticos que os meios de comunicação são capazes de manifestar sobre as sensações humanas. Para o autor: “qualquer extensão – seja da pele, mão ou pé – afeta todo o complexo psíquico e social.” (MCLUHAN, 1964, p.18).
A eletrônica trouxe consigo um ambiente reinventado e que vive reinventando-se a todo momento. Novos ambientes passam a surgir e conviver com seus antecessores, sendo que “o conteúdo de cada veículo é sempre um outro meio ou veículo” (MCLUHAN, 1964, p.22). Tudo o que antes era imperceptível ganha nova visão através das máquinas, pois são capazes de criar um novo ambiente inspirado num velho. Daí que o “conteúdo da TV é o cinema” (MCLUHAN, 1964, p.11), ou mesmo a natureza, ambiente antigo, que passa a ser vista como forma de arte recheada de valores estéticos – ambiente novo.
Os novos meios trazem consigo a possibilidade de experiências totalmente novas. “A ‘mensagem’ de qualquer meio ou tecnologia é a mudança de escala, cadência ou padrão que esse meio ou tecnologia introduz nas coisas, humanas” (MCLUHAN, 1964, p. 22). Ademais, instauram ações recíprocas entre si, interligando eletronicamente o mundo e transformando-o naquilo que McLuhan chama de “Aldeia Global”. Para Vinícius Andrade Pereira: “McLuhan fala explicitamente que o meio, sendo tomado como uma extensão tecnológica, cria um meio ambiente que, por sua vez, funciona como um texto, com uma gramática própria.” (PEREIRA, 2004, p.3)
Ainda sobre a mensagem, Norbert Wiener - fundador da cibernética -, ao concluir que a organização é a mensagem, irá dizer que:

“Na metáfora a qual dedico este capítulo, o organismo é visto como uma mensagem. O organismo se opõe ao caos, à desintegração, à morte, como a

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