Os Lus Adas

Para cantar a história do povo português, em Os Lusíadas, Camões foi buscar na antigüidade clássica a forma adequada: o poema épico, gênero poético narrativo, desenvolvido pelos poetas da antigüidade para cantar a história de todo um povo. A Ilíada e a Odisséia, atribuídas a Homero, através da narração de episódios da Guerra de Tróia, contam as lendas e a história heróica do povo grego. Já a Eneida, de Virgílio, através das aventuras do herói Enéas, apresenta a história da fundação de Roma e as origens do povo romano. Ao compor o maior monumento poético da Língua Portuguesa, Os Lusíadas, Camões copia a estrutura narrativa da Odisséia de Homero, assim como versos da Eneida de Virgílio. Utiliza a estrofação em Oitava Rima, inventada pelo italiano Ariosto, que consiste em estrofes de oito versos, rimadas sempre da mesma forma: abababcc. A epopéia se compõe de 1102 dessas estrofes, 8816 versos, divididos em 10 cantos. Traduz em versos toda a história do povo português e suas grandes conquistas, tomando, como motivo central, a descoberta do caminho marítimo para as Índias por Vasco da Gama em 1497/99. O livro é organizado em cinco partes: Proposição, Invocação, Dedicatória, Narração e Epílogo
Alguns episódios são bem chatos e também teve algumas vezes que não entendi nada, para ser bem sincera foi bem cansativo no começo ler aquelas letrinhas minúsculas, mais logo depois fui me interessando por saber da história, não vou dizer que entendi todas as palavras mais deu para entender a história, enfim, vou citar dois fatos que gostei muito. A ilha dos Amores é bem interessante, (estrofes 68 a 95 canto IX) porque é onde a "Máquina do Mundo", com suas profecias, é apresentada aos portugueses. No fim do poema ele fala que só os últimos são permitidos contemplar a máquina, isso foi determinado pelos deuses. A ilha dos Amores inspirou Carlos Drummond de Andrade a compor seu poema "A Máquina do Mundo". O do Gigante Adamastor também é fascinante, ( estrofes 37 a 60, canto V),