Os impactos do trabalho sobre
O modo como realizamos uma tarefa, na qual estão envolvidas as condições materiais, ambientais, de segurança e de conhecimento sobre o trabalho e os riscos que dele provêm, está associado às formas de desgaste do corpo dos trabalhadores. Dispor de condições adequadas em todos esses aspectos é a única forma de transformar o trabalho em algo saudável. Entretanto, quando essas condições não são atendidas, o trabalho se torna penoso, o desgaste físico e mental produz no corpo suas marcas, muitas vezes em sinais definitivos. São as doenças profissionais, os acidentes de trabalho, que expressam a super exigência que alguns processos de trabalho requerem do trabalhador, que podem ser de fácil resolução até problemas crônicos, já em elevado grau de desenvolvimento. As doenças profissionais são, em sua maioria, de caráter cumulativo que se desenvolvem vagarosamente e tornam-se visíveis quando encontra-se em estados críticos e irreversíveis. Isso faz com que muitas vezes não haja uma preocupação mais efetiva com os problemas de saúde. Os trabalhadores criam formas de lidar com o incômodo dos sintomas que vão surgindo e tendem a minorar sua importância, interpretando-as como temporários, o que levará a conseqüências dramáticas. Todo e qualquer tipo de esforço presente no dia-a-dia ao exceder o limite tolerado pelo nosso corpo promove irritação e/ou inflamação de determinadas estruturas (tendões, fáscias, nervos, ligamentos). As lesões por traumas cumulativos ocorrem quando o ritmo de repetitividade é muito alto, e ultrapassa o ritmo de recuperação dos tecidos. O uso de força excessiva, compressões mecânicas, alta repetitividade, posturas desfavoráveis e viciosas de diversas articulações, associadas a frio, sexo, tensão no trabalho, desprazeres, traumatismos e atividades anteriores, perfil psicológico e outros representam um conjunto de agentes nocivos que,