OS ESPAÇOS SÓCIOS OCUPACIONAIS DO ASSISTENTE SOCIAL
Marilda caracteriza o assistente social como um trabalhador assalariado e portador de um projeto profissional enraizado de processos históricos e trata alguns determinantes históricos que explicam as metamorfoses dos espaços ocupacionais que são o Estado, empresas (privado), ONGS( 3º setor) e organizações da classe trabalhadora
Os espaços ocupacionais dos assistentes sociais e sua metamorfose só podem ser entendidos dentro de uma totalidade histórica e as formas assumidas pelo capital no processo de revitalização da acumulação no cenário de crise mundial. Essas medidas de superação da crise sustentam-se no aprofundamento da exploração e a expropriação incidindo diretamente no universo do trabalho e dos direitos.
Estas estratégias defensivas incidem na relação de Estado e sociedade de classes, alterando a forma assumida pelo Estado e a destinação do fundo público, a tecnologia e as formas de organização da produção de bens e serviços (reestruturação produtiva), o consumo e a força de trabalho e as expressões associativas da sociedade civil. O mercado dentro desta perspectiva liberal acaba por regular as relações sociais impulsionando a competição e o individualismo e desarticulando formas de luta e negociação coletiva. Impulsiona-se uma privatização e mercantilização da satisfação das necessidades sociais favorecendo a produção e circulação de mercadorias. O bem estar social passa a ser transferido no foro privado dos indivíduos com seu trabalho voluntario restando ao Estado a responsabilidade da pobreza extrema. Neste cenário cresce o desemprego, a desregulamentação e informalização das relações de trabalho, crescem as políticas focalistas. Ocorre uma reorientação do gasto público em favor do grande capital financeiro e em detrimento da economia política do trabalho.
A despolitização da classe subalterna e sua divisão por categorias faz parte da estratégia política e ideológica