Os efeitos da comunicação de massa

RESENHA:
Os efeitos da comunicação de massa - Joseph Klapper
Joseph Klapper investiga a comunicação de massa, assim como muitos outros autores, buscando estabelecer um foco para os estudos. Esses estudos são baseados em algum pessimismo, já que não conseguem definir os efeitos dessa comunicação de massa, sem saber responder se “a violência nos media gera delinqüência, se os medias elevam ou diminuem o gosto do público, e o que podem fazer os medias para a persuasão política de suas audiências.” Para inverter os papeis, e enxergar com otimismo, Klapper se baseia em dois fenômenos, sendo a) uma nova orientação para o estudo dos efeitos e b)aparecimento de poucas generalizações a fim de organizar o conhecimento existente.
Essa nova orientação é um afastamento dos efeitos ilimitados. Considera que os media não determinam gostos e vontades. Ou seja, não consideram a mídia toda poderosa, e existem fatores que mediam as decisões, como cultura, educação, e relações interpessoais. Assim, chegamos a algumas generalizações “a comunicação de massa geralmente não atua como uma causa necessária” e atua como um agente colaborador, sendo “mais adequado para reforçar do que para mudar”.
Como todos os autores que estudam a respeito, é difícil definir um teoria para entender tais efeitos da mídia. Diante das teorias estudadas (teoria dos efeitos ilimitados, teoria dos efeitos limitados, mídia redescoberta e influencia negociada da mídia) vejo como se fossem transições da sociedade, muda-se o tempo, muda-se a maneira de entender, logo, muda-se a teoria dos efeitos. Por exemplo, se consideramos o texto “Processos e modelos de efeitos da mídia” do livro Teorias da comunicação de massa de Denis Mcquail, nele, as teorias são colocadas como fases, em que a primeira é da agulha hipodérmica, no qual a mídia é considerada toda poderosa e dita todas as regras, manipulando o pensamento do individuo. Essa fase foi na década de 1930, em que o cinema foi considerado o grande referencial na