Os donos do Poder Cap.4

CAPITULO IV
O BRASIL ATÉ O GOVERNO-GERAL
Fichamento por Letícia Álvares

1. A Invenção edênica da América
2. A integração da conquista no comércio europeu
3. Colonização como prolongamento do sistema de feitorias
4. A colonização: regime político e administrativo das capitanias. Vínculos da colônia com a metrópole
5. A distribuição de terras: mudança do sentido da sesmaria, com o predomínio do conteúdo dominial sobre o administrativo
6. O chamado feudalismo brasileiro

O autor da obra, Raymundo Faoro, descreve a chegada dos portugueses na América como uma expansão comercial que acabou por surpreender todos os integrantes lusitanos que pertenciam à tropa de exploração. A descoberta desse território fugiu de todos os estereótipos esperados, emergindo de um mundo novo e totalmente diferente, o s europeus que ali chegavam não compreendiam as diferenças tanto físicas quanto culturais dos nativos para com o povo ocidental.
Quando se estabeleceram nas terras virgens, os portugueses vislumbravam oportunidades com grande potencial econômico, sem duvidas este era o principal objetivo da exploração. Faoro aponta que o que inspirou o plano da colonização teve dois pulsos principais: o governamental que executou as navegações e todo enriquecimento que esta engloba; e o impulso popular de que as novas terras trariam uma ascensão social e varias outras promessas de uma vida nova. O contexto da Europa, entre conflitos e crises populacionais, contribuiu para o engrandecimento da colônia recém “descoberta”. Ao se estabeleceram de fato na colônia e constatarem os recursos econômicos disponíveis, o mercantilismo europeu entra com tudo, impondo regras de comercialização, trocas e estabeleceu seu sistema de exploração fazendo com que o feitiço que a todos encantava de uma vida nova e melhor, sonhada por tantos se quebrasse. O açúcar e o pau-brasil constituíam as principais fontes de exploração econômica/comercial. Quanto à população nativa, o foco da exploração