Os desafios do PMO para provar seu valor

Brian Hobbs e Monique Aubry estão entre os maiores pesquisadores do mundo sobre PMOs. Em um de seus trabalhos mais importantes, “A Multi-Phase Research Program Investigating PMOs” realizado com mais de 500 organizações que têm PMOs em todo o mundo, verificaram que metade destas empresas de fato reconhece o valor do PMO. Segundo os autores, essa visão é como a história do copo meio cheio ou meio vazio, ou seja, metade dos PMOs, então, estaria sendo desafiado a provar seu valor. E tem lógica mesmo. Mostrar o valor que agrega é fundamental para a sobrevivência de qualquer PMO. A questão é: como fazer isso?
Antes de qualquer coisa, vamos quebrar de vez o paradigma de encarar o PMO como área de suporte. O PMO é um prestador de serviços interno à organização e, como tal, tem sua sobrevivência dependente da satisfação dos seus clientes e da percepção de valor que eles têm dos serviços prestados pelo PMO.
Entretanto, além disso, é preciso entender que os serviços prestados pelo PMO dentro das organizações estão relacionados com a agregação de valor de duas formas: o valor efetivo e o valor percebido. Uma coisa é o valor efetivo daquilo que o PMO está fazendo para a organização, outra é o valor percebido. Existem muitas ações que o PMO faz que não necessariamente geram tanto valor efetivo, mas que geram uma percepção de valor muito grande, mesmo que tenhamos a certeza de que, como PMO, não estamos contribuindo tanto como gostaríamos. Mas o cliente fica feliz! Pensem naquela apresentação em PowerPoint “maravilhosa”, que dá um trabalhão para fazer, você sabe que não passa as informações necessárias, mas o Diretor adora e está feliz! E agora?
Então, todos os serviços que o PMO se propõe a fazer têm que gerar valor, mas esse valor estará dividido sempre entre as dimensões de valor efetivo e percebido. É importante trabalhar em ambos, pois, cá entre nós, por mais que possa doer dizer isso, esse valor percebido é o que pode garantir a sobrevivência do PMO, pois muitas