Os dentes do tempo- cronica; paper

5 OS DENTES DO TEMPO

Ao passar dos anos, as coisas que acontecem ao nosso redor mudam, evaporam e começam a surgir novos diálogos a serem seguidos pela sociedade atual. Existem alguns exemplos de pessoas mais velhas que comparam a linguagem do passado com a de agora e percebem a dificuldade de dialogar com os adolescentes: ''[...] para esses meninos e meninas que estão agora começando a adolescência, alguns chavões que nós, mais idosos, usamos no dia-a-dia [...] não fazem o maior sentido!'' (CORTELLA, 2008, p. 91). Os adolescentes começam reagir com suas expressões faciais, demonstrando a maior dificuldade de entender o que o que está se passando, pois não compreendem o vocabulário monótono1 dos mais velhos: [...] Em um diálogo (diálogo)? ''ele fala alguma coisa que não ficou clara e você diz: Não caiu a ficha... Ele fica olhando; de qual ficha está falando?'' ( CORTELLA, 2008, p.91). Atualmente não se ouve falar de ficha para telefonar, ou disco de vinil para escutar. Pessoas que há 20 anos tinham em mãos esses objetos sendo utilizados e hoje seus filhos, mesmo em convivência, nunca ouviram falar. O que aconteceu foi uma distração com a passagem do tempo, os pais tem se acostumado com a mudança dos tempos e consequentemente se distraído com objetos mais atuais e por isso não tem tido um diálogo com seus filhos sobre o passado. O mundo em volta dos mais novos esta exatamente como eles acham que são desde o seu nascimento até agora pela falta de compartilhamento de experiências pueris2 de seus pais:
Inúmeras crianças e jovens nunca viram vários objetos do cotidiano de adultos com os quais convivem [...] Nós vimos e nem sempre nos acostumamos ou sabemos lidar com eles; o pior é que, com frequencia, nos distraímos da passagem do tempo. (CORTELLA, 2008, p. 92).

Hoje em dia, a convivência dos pais com os filhos tornou-se raridade. As afetividades familiar se tornam minúsculas pelo simples fato de existirem barreiras impostas no dia- a- dia, uma delas é a