os cortesas

JOSÉ ODAIR RODRIGUES DA COSTA

RESENHA ACADÊMICA DO LIVRO “AS CORTESÃS DO
RENASCIMENTO”

PROFESSOR: ANDERSON VENÂNCIO
FRANCA
2014

Lynne Lawner, As cortesãs do renascimento. Martins Fontes. 1994. São Paulo.
Lynne Lawner é uma historiadora de arte, poeta e fotógrafa atualmente vivendo em Manhattan. Ela é conhecida por suas publicações em diversas áreas e para suas palestras em universidades, museus e outras instituições nos Estados Unidos.
Poucos livros ao longo da história provocaram tanto escândalo como este.
Poucos também foram censurados com tanto furor. As cortesãs do
Renascimento constitui um documento excepcional. Os famosos Sonetos
Luxuriosos do poeta Pietro Arentino e uma série de gravuras que representam as diversas posições do ato amoroso exploram livremente a intimidade sexual.
O renascimento viu nascer uma atitude otimista de exaltação da vida, que fora desconhecida na Idade Media. A alegria pela existência foi naturalmente mais vincada naqueles a quem a sorte sorria: as elites sociais, onde se misturavam nobres burgueses em busca de ascensão.
Rodeadas de luxo, conforto, beleza e sabedoria, as elites mostraram-se apreciadoras dos prazeres terrenos. Ostentavam vestes luxuosas, ricos palácios e solares, consumiam requintadas iguarias. Mas investiam, também, na aquisição de obras de arte, no reforço das suas bibliotecas, que orgulhosamente se exibiam. Para estas elites a cultura era um sinal de riqueza.
Fomentaram a erudição humanista e os talentos artísticos, foram palcos de animadas festas e tertúlias; nelas brilhavam as elites sociais.
A vida quotidiana das elites cortesãs era fortemente condicionada por exigentes regras de comportamento social. Conhecidas por civilidade, instruíam sobre o modo como se deveria comer, vestir, cumprimentar, falar, estar e sobre os preceitos de higiene pessoal.
Na sociedade cortesã é de salientar o progressivo e importante papel cultural concedido à mulher. Embora permanecesse ainda o