OS CORRRESPONDENTES DE CLENARDO

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OS CORRRESPONDENTES DE CLENARDO

Índice:

Introdução

Ao ler o trabalho de M. Gonçalves Cerejeira sobre Clenardo e as suas cartas, no âmbito da Unidade Curricular de Seminário I da Licenciatura em História, surgiu-me sempre a curiosidade em saber quem eram os destinatários das mesmas. Clenardo trata-os de maneira carinhosa e atenciosa, como “meu querido mestre”1, dirigindo-se a Látomo, ou então “doutíssimo amigo”2, escrevendo a Polites. Consiste portanto, como objetivo principal deste trabalho, retratar as pessoas com quem Clenardo correspondia e confidenciava. Não serão todos os destinatários o objecto deste trabalho. Mas sim, aqueles a quem Clenardo mais afetuosamente escrevia. São objectos deste estudo, Látomo, o “seu particular amigo”3 João de Vaseu, Jerónimo Aleandro, Joaquim Polites, Retgerus Rescius, Damião de Góis e Jorge Coelho que foi “o erudito eclesiástico secretário do infante D. Henrique”4.

Clenardo

Clenardo nasceu em Diest, no Ducado de Brabante, a norte da actual Bélgica, a 5 de Dezembro de 1493-94, não se tendo a certeza pois Clenardo “não se Lembrava ao certo”5, pertencendo a uma família abastada. Ainda novo é enviado para Lovaina, também no Ducado de Brabante, para fazer os estudos onde termina em 1519. Após convite de André de Resende, assume o cargo de percetor do futuro Cardeal D. Henrique. A sua permanência em Portugal prolonga-se por 5 anos de 1533 até 1538. Exercendo uma grande influência sobre os meios intelectuais portugueses, descreve o ambiente social e económico de Portugal. Humanista e pedagogo, fundou em Braga o Colégio Latino com orientações inovadoras e didáticas. Propôs para dirigir o Colégio o seu amigo João de Vaseu ao qual o Infante D. Henrique acede. Tem como principais obras, Institutiones in Linguam Graecam (1530), Meditationes Graecanicae (1531) e Institutiones Grammaticae Latinae (1538). Morre em Granada no ano de 1542.

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