Oráculos

Oráculos e Magia entre os Azande

Na monografia “Bruxaria, Oráculos e Magia Entre os Azande”, do autor Evans-Pritchard, o escritor expõe ao leitor relatos de sua pesquisa etnográfica, onde o mesmo vem tratar de assuntos relacionados à cultura do povo Azande.
No contexto apresentado se verificou a exposição do pensamento mágico desse povo, o qual ficou entendido como um ritual, ou seja, um processo mágico, que provoca no indivíduo a sua cura, por meio da força do pensamento, tornando possível o desenvolvimento dos rituais. Pois os resultados positivos influenciam na sua reprodução.
No decorrer da pesquisa, o autor expõe momentos de participação em rituais, os quais ocorreram como processo de iniciação. Daí buscou conhecer o verdadeiro poder de cura do povo Azande. Nesse instante se deparou com o poder extraído das ervas, para obter a credibilidade das pessoas diante das curas realizadas, conforme relata um mágico:
“... o que curava seus pacientes não era a fingida extração de ossos, pedaços de carvão, aranhas, besouros e outros objetos de bruxaria, mas sim a droga mbiro que administravam por via interna e externa. Se sua cirurgia é falsa, sua clinica é honesta...”

Sabe-se que o que faz a verdadeira cura das pessoas é a escolha adequada das drogas e a sua quantidade, porém, essa engrenagem não seria possível, e não possuiria a força que apresenta para a cultura dos Azande se os mesmos não mantivessem viva a crença, a fé e a sua mentalização positivamente.
O autor evidencia o conhecimento que os Azande têm da existência de falsos bruxos e adivinhos, porém, segundo eles, se tivesses que deixar de acreditar em bruxaria, teriam que deixar de lado toda a sua história. Isso deixa claro que é a fé que torna possível a existência de sua cultura.

EVANS-PRITCHARD, E. E. Bruxaria, Oráculos e Magia entre os Azande. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2005.
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