Organização do trabalho e inovações sistêmicas

O artigo “organização do trabalho e inovações sistêmicas” faz uma avaliação dos meios de produção, traçando sua análise nos meios de produção artesanal, no modelo de produção em massa marcado pela influência e princípios do taylorismo e fordismo e, finalmente, aos modelos de produção enxutos caracterizados por sua vez por fortes filosóficas surgidas em berço japonês. O foco da autora é claramente identificado não como avaliação comparativa entre os modelos produtivos ou muito menos como simples exposição das características entre os modelos, mas como uma espécie de analogia a um cladograma (diagrama usado em cladística que mostra as relações ancestrais entre organismos ou sistemas, para representar a árvore da vida evolutiva) onde as ideias de interesse a serem discutidas são as que estiverem assuntadas ao quesito evolução. Mais especificamente as evoluções em pauta colocadas pela autora são ao ambiente interno de produção e suas sistêmicas de aprendizado, a partir desses conceitos a autora classifica os tipos, formas e efeitos que a aprendizagem pode trazer aos meios em que há conhecimento, produção, trabalho em equipe e aplicação de métodos de qualidade.
Um dos temas importantes na publicação que poderia ter sido mais explorado, principalmente nas descrições e avaliações dos processos de transição entre os meios de produção, foi o das inovações tecnológicas, pois assim como é citado à inovação tecnológica afeta naturalmente o conhecimento das organizações do trabalho, não apenas pelo fato de haver maior número de maquinas, substâncias químicas, meios de comunicação e novas estruturas industriais, mas também pelo fato de um dos maiores requisitos exigidos para se tornar competitivo é criar novos produtos que possuam um maior valor agregado, ou seja, mais trabalhados, com recursos de maior qualidade, com bom nível de padronização para que se possa oferecer a todos os clientes o mesmo valor por produto. De forma que não foi citado no artigo que a partir do