Organização da Força Naval Brasileira na década de 1820

Organização da Força Naval Brasileira na década de 1820
Resumo e Quanto ao método adotado
Próximo ao período de declaração de independência do Brasil existiu uma mobilização por parte dos brasileiros para recrutarem, na Inglaterra, homens que fossem capazes de organizar uma Força Naval no território nacional. Não é de se estranhar que a preferência tenha sido por oficiais ingleses uma vez que lá estava sediada a Royal Navy maior Marinha de Guerra do Mundo, que naquele momento contava com excelentes “homens do mar”, além dos equipamentos mais sofisticados da época.1
Através da análise de fontes primárias, como Decretos Imperiais, periódicos de circulação e atas de conselho de Estado da década de 1820, tentaremos identificar particularidades que nos facilitem compreender como foi esse período para as forças armadas brasileira em especial a Força Naval em formação. A utilização de obras de autores consagrados, como Max Weber, Sérgio Buarque de Hollanda e Gilberto Freyre, que tratam da formação dos Estados nacionais em particular do Brasil no período da independência política, no caso dos dois últimos autores, e dissertações que tratam do assunto, nos farão compreender melhor as fontes primárias analisadas.
Como se processou a aceitação por parte dos militares estrangeiros na empreitada de consolidar a emancipação política do Estado brasileiro mais precisamente com a formação de uma força Naval mais forte e autônoma associada aos seus interesses políticos e econômicos. Além disso, um debate relacionando a burocratização e o nacionalismo dos Estados modernos se faz necessário para compreendermos a influencia dos governos nas decisões militares nesse período politicamente bastante conturbado em várias partes do mundo, em que se viva uma transição entre a organização política própria do império para a de Estado nação.
Introdução
Em 10 de setembro de 1822 o Procurador Geral da Província de Minas Gerais, Estevão Ribeiro Rezende, reportava o momento de crise pelo