Oração aos moços

Oração aos moços

Oração aos moços é uma obra de Rui Barbosa que possuía como objetivo guiar os precoces advogados e magistrados. Nessa oração, Rui passa muito de sua experiência contando-nos fatos de sua vida, como desempenhou a magistratura por tanto tempo, e qual era o carácter ético e honrado que possuía quando cuidava dessas questões de grandes magnitudes.
Paraninfo da turma de 1920 do Largo de São Francisco, e fornecendo conselhos como um verdadeiro pai, ele nos ensina como deve-se comportar um advogado e um magistrado , como estudar, como conseguir ir em frente em um país com leis tão desiguais. Barbosa, de uma forma confortável, nos explica poeticamente como o nosso coração consegue ser muito mais do que um órgão interior, como a ira se dá, como nossos inimigos são importantes, como a igualdade tem se mostrado irregular em nosso sistema jurídico.
Essa oração, é muito mais do que uma simples obra, é um livro ético que nos dá todas lições possíveis para sermos bem sucedidos na carreira jurídica, e o é feito da maneiro mais bonita possível, como conselhos de um próprio pai. “Não, filhos meus (deixai−me experimentar, uma vez que seja, convosco, este suavíssimo nome)”(p13)

Como dito acima, Barbosa brilhantemente nos mostra como o coração pode não ser somente o que pensávamos.Essa frase mostra como o coração tem sentidos diferentes do que só o carnal e habitual apresenta. Uma demonstração que o coração tem um elemento sublime, de fé.

“Quando ele já não estende o raio visual pelo horizonte do invisível, quando sua visão tem por limite a do nervo óptico, é que o coração, já esclerótico, ou degenerescente, e saturado nos resíduos de uma vida gasta no mal, apenas oscila mecanicamente no interior do arcaboiço(...)” (p13)
“E, assim, está o coração, cada ano, cada dia, cada hora, sempre alimentado em contemplar o que não vê, por ter em dote dos céus a preexcelência de ver, ouvir e palpar o que os olhos não divisam, os ouvidos não escutam, e o tato não