Operação Condor: O terrorismo de Estado no Cone Sul e o papel hegemônico dos Estados Unidos
Raísa Gomes de Oliveira
Resumo
O presente trabalho analisa a Operação Condor, união entre as ditaduras militares do Cone Sul, bem como o contexto histórico da influência da política externa norte-americana para a America Latina. A proposta é analisar as justificativas políticas e ideológicas dos regimes militares que levaram a essa operação sob a influência dos Estados Unidos.
Palavras-Chave: Ditadura Militar, Hegemonia norte-americana, Guerra Fria, América Latina.
Abstract
This paper seeks to analyze the Operation Condor, which was the union among the military dictatorships of Latin America, as well as the historical context of the influence of American foreign policy for Latin America. The proposal is to analyze what were the political and ideological justifications of military regimes that led to this operation under United States influence.
Key-Words: Military Dictatorship, U.S. Hegemony, Cold War, Latin America.
Introdução
A Operação Condor, criada em 1975 no Chile sob a liderança geopolítica de Pinochet foi iniciada com a Conferência Regional de Inteligência Nacional. Consistia inicialmente em um sistema integrado de troca de informações entre os países da América do Sul, em que os principais atores eram adidos militares.
Utiliza-se a expressão “articulação multinacional do terror” para definir o que foi essa coordenação entre as ditaduras militares do Cone Sul das Américas, ou seja, entre as forças de repressão do Brasil, Argentina, Uruguai, Chile, Paraguai e Bolívia
“Na reunião de 26 de novembro de 1975 foi dado o nome de Condor à operação, em homenagem à ave nacional chilena” (DINGES, 2004, p. 21). A conferência passaria a se chamar, então, Sistema de inteligência Condor. Além da troca de informações passaram a deter os opositores dos regimes militares da época onde quer que estivessem. Isso significou perseguir e eliminar guerrilheiros comunistas e líderes