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2871 palavras 12 páginas
O Poder da Identidade - Manuel Castells
Trata-se do segundo volume do livro “A Era da Informação: Economia, Sociedade e Cultura”, intiulado “O Poder da Identidade”. O título, conforme se verá, é muito apropriado ao conteúdo. Castells, após apresentar no volume 1 as razões que o permitem entender existir hoje uma “Sociedade em Rede”, demonstra nesta segunda parte qual o papel jogado pelas identidades coletivas no mundo pós-moderno. Para isso, inicia lembrando que uma nova forma de organização social está sendo difundida em todo mundo, abalando instituições e transformando culturas, por meio da globalização, que por sua vez é desafiada por expressões poderosas de identidades coletivas, que questiona o Estado-nação e coloca em xeque a unais. Castells apresenta uma tipologia das identidades como “legitimadora”, aquela introduzida pelas instuições domintantes; “de resistência”, criada por atores estigmatizados, com a finalidade de resistência à dominação, geralmente com formação de comunidades; e “de projeto”, quando atores sociais constroem nova identidade que busca transformação de toda a estrutura social. O autor entende que constituição de sujeitos, nesse processo de transformação social, ocorre de forma diferente que na modernidade, pois não são mais formados na sociedade, mas como prolongamento da resistência comunal das identidades de resistência. O livro passa, portanto, por uma análise da constituição da identidade coletiva, passando pela questão do fundamentalismo religioso, pelo nacionalismo, pela identidade étnica e pela identidade territorial. Relativamente à relação do fundamentalismo religioso e a identidade cultural, o autor interpreta o fundamentalismo islâmico, entendo-o não como um movimento tradicionalista, mas sim hipermoderno, no sentido de que a construção de uma identidade islâmica reflete uma reação contra a modernização inatingível e contra os efeitos negatiovs da globalização, visando o paraíso comunal para os verdadeiros fiéis. Contudo,

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