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Cada vez mais é reconhecida a importância da criatividade no contexto escolar, assim como a necessidade de desenvolver estratégias e ações para sua estimulação e desenvolvimento. No entanto, apesar do incremento da produção científica sobre criatividade e inovação e das inúmeras experiências práticas com resultados alentadores, a criatividade e a inovação não constituem hoje valores reais na maioria das instituições educativas. Isso se expressa com clareza na defasagem entre um discurso aceito, em que a criatividade é valorizada, e uma realidade em que a criatividade não consegue, salvo exceções, expressões significativas.
A criatividade, como categoria, constitui uma construção teórica elaborada para tentar apreender urna realidade psicológica que se define, essencialmente, por dois critérios que são relativos: os critérios de “novidade” e “valor”. Existe consenso entre os especialistas de que a criatividade se refere à capacidade humana de produzir algo que simultaneamente é novo e valioso em algum grau. A nosso modo de ver, é precisamente o caráter relativo das características que a definem, unido à diversidade de seus determinantes, o que confere à compreensão da criatividade urna dificuldade singular, que se expressa na diversidade de definições, concepções e teorias que compõem a produção científica nesse campo.
A criatividade se reconhece, cada vez com mais força, como um processo complexo, multifacetado e heterogêneo, com diferentes formas e níveis de expressão, cuja existência depende de condições muito diversas e da existência de outros processos psicológicos também complexos. A complexidade da criatividade e de seus determinantes, unida às dificuldades em sua definição e identificação, tem dificultado a determinação de eixos de trabalho relativamente claros para seu desenvolvimento no contexto escolar.
2 DESENVOLVIMENTO
Criatividade, proveniente do termo latino