Onde Estão as Borboletas

Onde estão as borboletas?
Por Claudia Toniazzo e Marina Lima*

Seres bioindicadores são aqueles capazes de apontar um desequilíbrio no ambiente em que vivem, devido a sua fragilidade frente a mudanças de condições. Auxiliam, também, a transmitir um conjunto de informações sobre difíceis processos, eventos ou tendências que ocorrem na natureza. Essa é uma ferramenta que permite adquirir informações sobre uma determinada realidade, podendo servir como um instrumento de previsão. Um grupo em especial vem sendo muito utilizado como bioindicador, são os lepidópteros, constituídos pelas borboletas e mariposas. Esses insetos possuem grande número de espécies conhecidos em todo o mundo, e são fáceis de identificar na natureza, por sua notável beleza. Os lepidópteros, totalizam cerca de 16% em número de espécies, sendo o segundo maior grupo entre os insetos. Porém, perfazem quase a metade (44%) dos invertebrados incluídos na última lista vermelha de espécies ameaçadas no Brasil. Esses animais sofrem metamorfose completa e passam por estágios bem definidos, até se tornarem adultas, quando são capazes de se reproduzir e completar seu ciclo de vida. Na fase larval, são popularmente conhecidos como lagarta. Esta etapa de vida pode durar algumas semanas a mais de um ano, dependendo da espécie. Ao atingir a maturidade, constrói um casulo do qual emerge na forma adulta como mariposa ou borboleta, fase que pode durar de poucos dias até seis meses. As borboletas são diurnas, de corpo mole, com diversas estruturas sensoriais, e cobertas por escamas pigmentadas. Possuem peças bucais adaptadas para sugar o néctar de flores, auxiliando assim, na polinização da natureza. A principal causa de ameaça aos lepidópteros é a destruição do seu habitat, além do uso excessivo de inseticidas. Como consequência, as populações estão ficando cada vez menores, o que levará, em longo prazo, na perda de diversidade genética. Com isso, podemos considerar que, quanto menos borboletas