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O filósofo Theodor W. Adorno é um dos mais renomados representantes da Escola de Frankfurt. Junto a Max Horkheimer – cujo pensamento se “confunde” com o de Adorno nas páginas da consagrada obra “Dialética do Esclarecimento: fragmentos filosóficos” -, ambos tecem uma vigorosa crítica à filosofia iluminista do século XVIII, isto é, do legado da Ilustração, e, por extensão, à moderna sociedade tecnológica capitalista. De longa data, o ideal iluminista é portador de permanentes anseios da humanidade. Assim, devido à noção plural e polissêmica que a tal ideal foi conferido através da história, trata-se de um conceito trans-epocal ou trans-histórico (1), tendo em vista que o Iluminismo sempre se funda em períodos históricos de reexame das origens e das formas de dominação. Nesse caso, houve Iluminismo na Idade de Ouro da Grécia clássica, isto é, entre os séculos V e IV a.C; no decorrer do período pós-medieval, isto é, durante a Renascença e outros que tais. Retomemos, então, o Iluminismo do século XVIII, que - consoante o Iluminismo trans-epocal – se consagrou como o período das “Luzes”, da Ilustração; mais precisamente, pela tentativa de entendimento do conceito de Ilustração por parte de um filósofo alemão: Emmanuel Kant, que tanta importância teve para os frankfurtianos. Kant, como um dos mais legítimos defensores do Iluminismo, da Ilustração ou da “Aufklarüng”, responde à questão sobre “Que é Iluminismo” da seguinte forma:

“Iluminismo é a emergência do homem de sua imaturidade auto-incursa. Imaturidade é a incapacidade de usar o próprio entendimento sem o auxílio de outrem. Esta imaturidade é auto-incursa não quando sua causa é a falta de entendimento, mas a falta de resolução e coragem para usá-la sem o auxílio de outrem. Assim, a divisa do iluminismo deve ser: ‘Sapere Aude’. Tenha a coragem de usar seu próprio entendimento.” (Kant 1982, p.49)

Dessa forma, é comum a todas as filosofias que deitam raízes no Iluminismo apresentarem a razão como

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