Oficina de pesquisa
A partir da leitura do texto de Guerra (2009) evidenciamos no artigo “Soltando a (própria) voz”, uma preocupação dos pesquisadores em não se ater a uma análise simplista e parcial do Programa Bolsa Família, observa-se um aprofundamento maior do conhecimento da realidade em sua totalidade das beneficiárias do Bolsa Família, a análise não se limita apenas ao fato de que o programa contribui para o sustento das famílias assistidas, mas de que também houve profundas mudanças na subjetividade dessas mulheres, que a partir do recebimento do benefício, passaram a ter uma maior autonomia e liberdade em suas escolhas, o que demonstra um avanço diante de um contexto familiar de machismo e submissão o qual estão inseridas.
A pesquisa tem total relevância na desconstrução do conceito de que o Bolsa Família é um programa que se destina exclusivamente ao sustento material das famílias carentes, pois possibilita entender o programa por um outro viés, ou seja, as implicações na subjetividade dos assistidos. Portanto a análise de totalidade do objeto de pesquisa durante o processo investigativo se mostra essencial para a compreensão das particularidades que perpassam a realidade social do objeto. Como afirma Guerra (2009, p. 9): “Foi dito que, antes de iniciarmos qualquer investigação, deve-se ter a convicção de que existe algo a mais a ser conhecido, que não é dado na aparência, na representação imediata da realidade”.
Embora não fique claro todo o processo de realização da pesquisa, pois o artigo “Soltando a (própria) voz” a relata de forma parcial, sendo necessária uma leitura mais abrangente da pesquisa para uma melhor compreensão do processo investigativo adotado. Verifica-se de acordo com o exposto no artigo, a utilização de categorias