odontoblastos

Os odontoblastos são as células mais características da polpa dentária por isso são mais facilmente reconhecidas. Eles formam a dentina e a mantém, sendo células que podem ser estimuladas para depositar mais dentina de acordo com a demanda. Essas células se diferenciam a partir das células ectomesenquimais da papila dentária, após influência do epitélio interno do esmalte. Eles formam uma camada ao redor da polpa que se estende dentro da dentina. Em dentes maduros eles aparecem na porção coronária dispostos em paliçada, apresentando de três a cinco células de profundidade. Esse arranjo é causado pela aglomeração dos odontoblastos que migram centripetamente. O número de odontoblastos corresponde ao número de túbulos dentinários, sendo que esse número varia de acordo com o tipo de dente e sua localização.
Os odontoblastos da coroa são maiores que os da raiz. As células da coroa possuem formato colunar enquanto os da porção média da polpa são cuboides e, na parte apical, mais achatados. Sua morfologia é característica da sua atividade funcional variando de uma fase ative e uma fase de repouso. Através da microscopia de luz, uma célula ativa possuí núcleo e Golgi evidentes com citoplasma basofílico. Já a célula em repouso é achatada, com citoplasma escasso e núcleo corado pela hematoxilina. Além desses estágios, a célula possuí um estágio intermediário entre os estágios de secreção e repouso. O odontoblasto transicional é uma célula estreitada, com seu núcleo deslocado da extremidade basal contendo cromatina condensada, baixa quantidade de retículo endoplasmático e vacúolos autofágicos associados à reorganização do citoplasma.
A síntese do colágeno dentro do odontoblasto se inicia com a formação da molécula prócolageno, através do acumulo de polipeptídios livres nas distensões esféricas. As distensões cilíndricas ramificam-se como grânulos secretores que são então transportados em direção aos prolongamentos odontoblásticos, onde seu conteúdo é liberado.
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