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A Caxemira representa um dos mais importantes conflitos de hoje que envolve diferenças étnicas e disputas pela divisão de fronteiras nacionais. Até 1947, no período anterior à independência da Índia e da fragmentação do território indiano, seus 220 mil km2 (aproximadamente a área do estado brasileiro do Piauí) estiveram sob o domínio do Marajá Hari Singh Bahadur, sendo composta dos territórios de Jammu, Caxemira, Ladakh, Aksai Chin, Gilgit, e Baltisan Partition. No entanto, com as transformações que ocorreram após a 2ª Guerra Mundial, esse território foi dividido entre Índia, Paquistão e China.

A Índia ganhou o controle de Jammu, Caxemira e Ladakh. O Paquistão tomou o controle de Gilgit, Baltisan, e a parte ocidental da Caxemira. Atualmente, o estado indiano formado por Jammu, Caxemira e Ladakh é oficialmente chamado Jammu e Caxemira, equivalendo a 141.338 km2 da área total. O Paquistão detém 85.846 km2 e a China possui uma área relativamente menor, com 37.555 km2. O termo Caxemira geralmente é empregado para se referir a toda a região, contendo todas as três áreas.

Após a independência, Índia e Paquistão foram à guerra em três ocasiões. Durante a primeira guerra indo-paquistanesa (1947), o Paquistão obteve sucesso, conquistando grandes áreas do antigo reino da Caxemira, mas estas foram as regiões menos desejáveis e menos populosas. Os chineses, que por muito tempo contestaram os seus limites territoriais com a Índia, assumiram o controle da Aksai Chin em 1950. O governo da Índia tentou, mas não conseguiu recuperar esse território em 1962, quando ocorreu um conflito de fronteira entre os dois países. Na segunda e na terceira guerra indo-paquistanesa (1965 e 1971), a Índia tomou os locais mais populosos e as áreas mais produtivas da Caxemira que eram controladas pelo Paquistão. Os limites territoriais foram definidos em 1972, com a realização do Acordo de Simla, com o aval da ONU, quando foi delimitada a Linha de Controle, em substituição da linha de

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