Obsolescencia

A obsolescência cada vez mais acelerada

Os eletrônicos se mostram essenciais para o desenvolvimento econômico. Compra-se um equipamento moderno e, meses ou anos depois, ele se torna obsoleto.

O consumo de eletrônicos é bom para o desenvolvimento do país. O ambicionado crescimento econômico, que gera estabilidade especialmente entre a classe média e impulsiona o consumo doméstico, promove, por um lado, o bem-estar das pessoas. Por outro, a troca de produtos que rapidamente se tornam obsoletos por modelos mais modernos, faz com que haja uma grande produção de restos que ainda não encontram políticas específicas para administrar seu recolhimento.
No Brasil, A Folha vê que a produção de lixo eletrônico cresce diariamente, representando um grande problema ambiental e consequentemente um grave problema para a população. Muitos desses produtos contêm substâncias tóxicas como mercúrio e chumbo, que se não forem reaproveitados corretamente, podem acumular-se no solo, alcançando lençóis freáticos. Por meio da água, há o risco de se concentrarem aos poucos no organismo humano.
Existe a chamada ‘logística reversa’, utilizada nos países mais ricos. Em poucas palavras, fabricantes e revendedores são obrigados a receber de volta os equipamentos e cuidar de sua reciclagem. Com isso, impede-se que sejam jogados esses eletrônicos em lugares inadequados e contaminem bens de uso público, como a água. Por consequência, o preço final dos produtos refletirá essa ação da empresa fabricante, fazendo com que os consumidores também arquem com o preço da deposição do bem adquirido. No Brasil, essa logística já vale para pilhas e baterias. Entretanto, uma porcentagem muito pequena é reaproveitada de maneira correta.
A Folha acredita que, tão importantes quanto a criação de leis e o espelhamento em países desenvolvidos, as ações educativas para conscientizar a população sobre o perigo provocado pelo descarte irregular das sucatas eletrônicas são essenciais para haver mudanças. Em