Objeções ao monismo

3871 palavras 16 páginas
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS
DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
DISCIPLINA: Metafísica
DOCENTE: Dra. Arlene Reis
ACADÊMICA: Debora Pazetto Ferreira

OBJEÇÕES AO MONISMO

Ensaio sobre a refutação aristotélica ao monismo na Física I

Florianópolis
2008

INTRODUÇÃO

O presente artigo visa à análise explicativa da discussão que Aristóteles mantém com os monistas, principalmente Parmênides e Melisso, em busca da refutação da tese de que o ser é uma unidade. Essa argumentação encontra-se de modo privilegiado no terceiro capítulo do primeiro livro da Física. Desse modo, o contexto geral da Física deve ser levado em consideração na tentativa de elucidação da refutação aristotélica à tese monista. A partir disso, procura-se mostrar que o debate enreda-se no problema mais amplo da teoria aristotélica da predicação. Esta, por sua vez, funda toda possibilidade predicativa no pressuposto metafísico de que o ser é dito de muitos modos. Assim, a Metafísica, a Física e a teoria da predicação aristotélicas encontram-se profundamente entrelaçadas, e devem ser tomadas conjuntamente na análise da sua rejeição ao monismo.
Na teoria da ciência elaborada na Física, um dos lugares centrais é ocupado por teses que dizem respeito a como se deve descrever o objeto acerca do qual se pretende desenvolver conhecimento científico. O filósofo defende que é necessário possuir critérios bem claros para se descrever de maneira relevante o objeto de conhecimento científico, sendo que, em última instância, isso significa a apreensão cognoscitiva de suas causas e princípios. Os objetos da ciência da natureza, que são o assunto da Física, devem ser descritos de acordo com o modelo de predicação no qual o devir é descrito sem que se caia em contradições 1. Esse é o critério mínimo para a investigação científica da natureza, estabelecido por Aristóteles logo no primeiro capítulo da Física. No sétimo

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