novos aaranjosfamiliares

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O termo família "mosaico" ainda não é popular. Mas o modelo de união que ele expressa é cada vez mais reconhecido com naturalidade. Trocando em miúdos, estamos falando dos arranjos familiares em que os pais, já no segundo casamento, unem filhos das relações anteriores. Ou das famílias em que um dos pais assume uma orientação sexual diferente da vivida até então, partindo para uma nova relação.

Esses arranjos são fruto de um tempo em que as pessoas estão se sentindo mais livres para buscar a felicidade. "Há mais casais homossexuais, mais pessoas que se casam diversas vezes ou que optam por ficar sozinhas, com ou sem filhos. Os indivíduos estão mais comprometidos com a felicidade e menos preocupados em atender às expectativas dos outros", diz a antropóloga Mirian Goldenberg, professora da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). "Família é, mais do que nunca, uma criação individual e não uma norma da sociedade". É claro que o preconceito ainda existe. Porém, se compararmos o modelo de sociedade atual com o de 30 anos, veremos que já houve uma grande evolução. "As famílias 'mosaico' começaDesafios à vista Apesar das mudanças sociais, as famílias "mosaico", tanto quanto as tradicionais, também enfrentam seus desafios. A maior parte deles aparece no momento em que membros de composições familiares anteriores se aproximam e duram até que um novo vínculo seja criado. Foi assim com a família do vendedor Gair Raimundo de Castro, de 58 anos. Há dez, ele se apaixonou por uma amiga que, na época, era mais jovem que a própria filha. A atual companheira tinha 22 anos e ele trazia, do casamento anterior, um filho de 18 e uma filha de 28. "No começo, houve um estranhamento. Meu filho aceitou facilmente, mas minha filha ficou mais resistente, chegou a tratar mal a Janete. Na ocasião, minha ex-mulher conversou com ela e a convenceu a pedir desculpas. O tempo fez o resto e hoje convivemos todos em harmonia", conta. A manutenção de uma boa relação com os

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