Nova classe média

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17/11 - PEGN - Pequenas Empresas Grandes Negócios
Como vender para a nova classe média
Em meio à instabilidade econômica mundial, uma coisa é certa: o caminho para crescer nos negócios passa pela classe média
Ano a ano cresce gradualmente o número de pessoas que deixam as camadas sociais de renda mais baixa - as chamadas classes D e E - e alcançam a classe C, porta de entrada do consumo. Em 2005, a classe média representava 34% da população; em 2006, essa proporção aumentou para 36%; em 2007, saltou para 46% e, hoje, abriga 52% dos brasileiros. Nos últimos seis anos, 20 milhões de novos consumidores ingressaram no miolo da pirâmide social graças ao aumento do emprego, do acesso ao crédito com prazos longos e juros menores, e aos programas sociais. Com mais dinheiro no bolso, renda familiar mensal entre R$ 1.064 e R$ 4.591, e fome de produtos e serviços, pela primeira vez eles são maioria na população brasileira.

Fortalecida, a classe média chamou a atenção, ganhou respeito e se transformou no principal filão de investimento da indústria e do varejo. No ritmo em que estávamos, esperava-se um crescimento ainda mais arrebatador. Em outubro, contudo, a economia mundial sofreu um solavanco causado pela queda generalizada das bolsas, também no Brasil. A possibilidade de recessão não está descartada, mas a hipótese mais provável, segundo os economistas, é a de desaquecimento. A ligeira alta nos juros, a diminuição dos parcelamentos e a redução do volume de crédito não deixam dúvida de que o cenário é outro. Apesar disso, os 100 milhões de brasileiros da classe média não vão deixar de consumir. A diferença, agora, é que o mercado vai ficar cada vez mais competitivo para atrair essas pessoas. Mais do que nunca é preciso saber o caminho para mantê-las como clientes, valorizá-las e sintonizar-se com suas expectativas e necessidades.

"A disputa pelo bolso desse consumidor estará mais acirrada. Mas os resultados