Notas Turogt

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Anne-Robert Jaques Turgot: Laissez-faire, laisse-passez

Foi na Grã-Bretanha onde os princípios filosóficos liberais foram melhor articulados. Nos Estados Unidos, eles receberam vida institucional. Mas foi na França que o funcionamento de uma sociedade fundade nos princípios recebe o tratamento científico que viria a constituir a matéria do que hoje reconhecemos como economia.
O liberalismo começa seu ativismo político exigindo do estado respeito pelas liberdades naturais, como a liberdade religiosa e a liberdade de expressão. Aliada a elas, estava a demanda por liberdade econômica: menor poder para que as guildas (ou o rei) fizessem reservas de mercado e menos barreiras para a liberdade de comércio internacional. Apesar de ser originalmente uma tradição filosófica ética e política, logo o liberalismo se tornaria indissociável do pensamento econômico.
Se os liberais ingleses do final do século XVIII estabeleceram os princípios que deveriam guiar uma sociedade justa e livre, faltava então a questão de como seria o funcionamento dessa sociedade. Será que uma sociedade liberal geraria ordem e prosperidade para os seus cidadãos?
É dentro da tradição liberal surge a economia moderna. Os primeiros economistas viam a relação entre liberdade e prosperidade como uma relação causal. Entre eles, a primeira escola que se torna popular e consciente da sua existência enquanto movimento intelectual fechado é a escola dos fisiocratas.
Liderados pelo francês François Quesnay, os fisiocratas formaram um clube dentro do qual seus membros se viam como detentores de um conhecimento revolucionário, revelado a eles em primeira mão. Seu propósito era descrever a ordem natural da sociedade.
A própria palavra fisiocracia significa governo, ou regra (kratos) da natureza (physis). Quando Luís XV perguntou a Quesnay o que ele faria se fosse rei, “nada” foi a resposta de Quesnay. “Quem, então, governaria?”, “As leis”, respondeu. Essas leis seriam aquelas instituídas pela natureza sobre

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