Nota de leitura do capítulo “A Psicologia Social como uma Ciência da Democracia” do livro “Inventando nossos selfs: psicologia, poder e subjetividade” de Nikolas Rose.

1600 palavras 7 páginas
• A Psicologia Social como uma Ciência da Democracia.

O capítulo se inicia mencionando as mais frequentes referências da Psicologia Social à democracia a partir da década de 30 até a década de 50. Contudo, há a proposta de que essas referências sejam vislumbradas a partir de outro ponto de vista, ou seja, que a Psicologia Social está ligada constitutivamente à democracia, uma vez que para que o poder político tenha consistência e abrangência para governar, o ideal seria conhecer seus sujeitos o mais profundamente possível, conhecimento que a Psicologia Social é capaz de fornecer.
Segundo Rose, na Psicologia social encontrou na “ciência do indivíduo” uma possibilidade de governar as atuais sociedades. E, a partir desta afirmação, a vida em sociedade torna-se um objeto que pode ser objetivamente conhecido e racionalmente governado. A Psicologia Social tem como papel permitir que as ideias democráticas se tornem congruentes com programas específicos para gerenciamento das áreas problemáticas da vida social.
Logo em seguida, Rose afirma que a partir da perspectiva da Psicologia Social, a natureza humana deve ser conhecida inteiramente, uma vez que a intenção é governa-la de maneira apropriada, portando para que isso seja feito, deve-se compreender a melhor maneira de controle, condução, regulação, assim como há o aprendizado de como regular as relações, políticas e funções alheias de uma forma que se conceda autoridade. Isto é nomeado por Rose como “vontade de governar”, ou seja, unificar tudo o que seria uma variedade de problemas distintos.
Portanto, Rose conclui que as sociedades modernas são dotadas desta vontade de governar, sendo isto que constitui o self e suas inter-relações como um objeto e um recurso fundamental. E, a partir desta colocação, o autor se propõe a analisar o papel da Psicologia Social no quesito “governamental” em duas dimensões: a das tecnologias intelectuais que ela fornece e das tecnologias humanas de que faz parte.
Para a dimensão das

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