nopeleon

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Nuclearmente, o Capitalismo informacional se baseia nas mudanças provocadas pelas novas tecnologias de informação e é formulado a partir de dois eixos analíticos para a compreensão das dinâmicas das sociedades: modos de produção (capitalismo e estatismo), e modos de desenvolvimento (agrário, industrial e informacional).

Tais mudanças também foram observadas nas formulações teóricas de outros estudiosos, como, por exemplo, Pierre Lévy em sua obra Cibercultura3 . Assim como Ulrich Beck, Anthony Giddens e Scott Lash discutiram na obra "Modernização Reflexiva"4 5 , o conceito pressupõe o caráter transformador das novas práticas sociais advindas da revolução tecnológica, principalmente no campo das tecnologias da informação, que resultariam na criação de uma nova estrutura social que se manifesta de acordo com a diversidade cultural e de acordo com as instituições existentes.

O conceito de capitalismo informacional sugere uma reestruturação do capitalismo, cujas mudanças ainda se mantém em curso, e que, entre outros fatores, acentuam um desenvolvimento desigual e global, colocando segmentos e territórios avançados ao lado de bolsões de pobreza e miséria na economia global. Por essa perspectiva, as mudanças tecnológicas não se restringem aos limites do desenvolvimento econômico, e tornam-se responsáveis por modificações sociais tão agudas que redefinem as relações entre gêneros, grupos familiares e a biografia dos indivíduos.

O conceito empreende uma interação dialética entre tecnologia e sociedade, na qual a importância da tecnologia reside em incorporar a sociedade, ainda que a tecnologia não possa determinar a sociedade. Por sua vez, a sociedade utiliza a inovação tecnológica, mas também não é capaz de determiná-la. Dessa dialética, o autor entende que o Estado assume o papel fundamental de desenvolver ou paralisar a evolução tecnológica, e, mesmo sem determiná-la, pode estimulá-la ou freá-la.

É uma interpretação que propõe o rejuvenescimento do

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