Nise da silveira
Nise da Silveira nasceu em Maceió em 15 de fevereiro de 1905. Graduou-se em Medicina em 1926, sendo a única mulher a se graduar entre os 156 alunos. Essa pequena e, aparentemente, “frágil” mulher era uma guerreira que ultrapassou todos os limites de seu tempo, pois rompeu com o paradigma vigente da psiquiatria de sua época ao humanizar o tratamento da loucura.
Nise da Silveira (15.02.1905 – 30.10.1999) foi singular na psiquiatria brasileira. Pequenina e frágil, era uma gigante em força e coragem com que defendeu e lutou por suas idéias no âmbito da psiquiatria institucional. Ela foi pioneira na terapia ocupacional, introduzindo este método no Centro Psiquiátrico Pedro II do Rio de Janeiro e, segundo suas próprias palavras, entrara na Psiquiatria "pela via de atalho da ocupação terapêutica, método então considerado pouco importante para os padrões oficiais".
Nise era alagoana e fez seus estudos médicos na Faculdade de Medicina da Bahia (1921-1926) e foi a única mulher numa turma de 157 alunos. Colou grau com a tese "Ensaio Sobre a Criminalidade da Mulher no Brasil" (28.12.1926) e retornou à terra natal em seguida, mas somente por um breve período, pois, com a morte prematura do pai, decidiu vir para o Rio de Janeiro (1927) onde estabeleceu suas raízes intelectuais e profissionais. Já casada, com seu conterrâneo e colega de turma, o sanitarista Mario Magalhães, engajou-se nos meios artísticos e literários e freqüentava ativamente os círculos marxistas, junto como marido, e escrevia sobre medicina para o jornal A Manhã (artigos que eram reproduzidos no Jornal de Alagoas, jornal onde seu pai fora jornalista e diretor). Em 1932 estagiou na famosa clínica neurológica de Antônio Austregésilo, e em 1933 entrou para o serviço público, através de concurso, trabalhando no Serviço de Assistência a Psicopatas e Profilaxia Mental, na Praia Vermelha, pertencente da antiga Divisão de Saúde Mental.
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