niilismo em nietzsche e Sartre

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Acho incrível como esse filósofo do final do século 19 consegue ser tão contemporâneo. Entretanto, seu pensamento tem sido frequentemente subestimado, deslegitimado, domesticado e neutralizado. A apropriação do autor pelo nazismo, sua agressividade atacante de todos nossos valores morais e sistemas de pensamento com “certificado de verdade”, a institucionalização universitária e o desconhecimento preconceituoso de sua filosofia são os principais motivos para esvaziar sua importância à modernidade. Vou tentar discutir os postulados mais superficiais do autor.

O filósofo é chamado equivocadamente de niilista, aliás, tal característica foi explicitamente usada por ele para fazer uma crítica a nossa sociedade. É possível que Nietzsche seja um niilista, mas não no sentido em voga do termo que descreve o indivíduo descrente que rejeita qualquer tipo de hierarquia de valores morais, éticos, políticos e etc. O bigodudo teria utilizado esse adjetivo para criticar justamente uma determinada época da modernidade, inclusive, sem saber, o seu futuro – nosso presente.

Para Nietzsche, o niilismo começa com o período socrático grego e se estende até a modernidade ocidental. Contudo, o niilismo é atravessado por diversas fases e sofre mutações durante o tempo, possui uma historicidade. Na época antes de Sócrates na Grécia Antiga não havia o niilismo, pois a religião era politeísta, composta por seres antropomórficos, onde os deuses inclusive se pareciam com os seres humanos. Não havia uma regra geral nem um princípio norteador que determinasse os termos de bem e mal. Os diferentes deuses olímpicos afirmavam a diversidade e a multiplicidade de existência. Nietzsche acredita que o politeísmo grego pré-socrático legitimava a liberdade e a pluralidade do pensamento humano.

O aparecimento do niilismo coincide com a decadência do politeísmo grego e com a ascensão do monoteísmo judeu-cristão. Devido uma grande rigidez moral que se quer orientadora da existência humana, o conflito

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