Neopentecostalismo

Neopentecostalismo é o resultado da transformação e readaptação das igrejas pentecostais que veio à tona no final da década de 1970, e que hoje se faz presente nas mais diversas áreas do contexto nacional, da mídia ao cenário político. Esta seria, segundo Ricardo Mariano (doutor em sociologia), a vertente pentecostal que mais cresceu nas últimas décadas e despertou a atenção da imprensa, dos meios de comunicação, dos pesquisadores e da própria Igreja Católica, que vem perdendo fiéis no Brasil para igrejas evangélicas. Ainda segundo Mariano, podemos afirmar que as Igrejas Neopentecostais realizaram as mais profundas acomodações à sociedade (constroem sua teologia com base no que os fiéis querem escutar), abandonando vários traços sectários, hábitos ascéticos e a velha forma pela qual os “crentes” eram reconhecidos e abolindo certas marcas distintivas e tradicionais de sua religião, propondo novos ritos, crenças e práticas, dando ares mais brandos aos costumes e comportamentos como em relação às roupas. O prefixo “neo” é utilizado para marcar sua recente formação, bem como seu caráter de novidade dentro do protestantismo, mais especificamente do pentecostalismo.
O fenômeno das igrejas neopentecostais se dá, como já afirmamos, no final da década de setenta, momento em que membros de igrejas consideradas pentecostais se desvinculam para formar suas próprias Igrejas. Foi o caso do Bispo Edir Macedo e do Missionário R.R.Soares, que fundaram a Igreja Universal do Reino de Deus, vindo este último, após uma dissidência, a ser fundador da Igreja Internacional da Graça de Deus
Com as regras totalmente reformuladas quando comparada às instituições de maior tradição do protestantismo brasileiro, tais denominações neopentecostais vão aumentando consideravelmente o número de fiéis, que se mostram contrários ao tipo de sectarismo exacerbado (de práticas religiosas bastante rígidas como, por exemplo, em relação à roupa) proposto pelo pentecostalismo mais clássico. Este segmento