Nem preto nem branco muito pelo contrário: cor e raça na sociabilidade brasileira-Lilia Mortiz Schwarcz

396 palavras 2 páginas
Universidade Federal do Maranhão
Aluna: Charliane Martins Pereira
TEXTO: Nem preto nem branco muito pelo contrário: cor e raça na sociabilidade brasileira-Lilia Mortiz Schwarcz.
No livro Nem preto nem branco, muito pelo contrário – cor e raça na sociabilidade brasileira, Lilia Moritz Schwarcz analisa a questão racial no Brasil. E para isso ela menciona inicialmente em seu trabalho como os contos de fadas publicados no Brasil em 1912 e na Inglaterra em 1973 estavam vinculados a ideologia de branqueamento (como uma pessoa negra pode se tornar branca).E é no conto “A princesa negrinha”, que a autora estabelece a relação da cor branca como uma benção, totalmente associada a felicidade ,ou seja a ideia de quanto mais branco melhor.
A autora aponta que desde que o Brasil era América Portuguesa, os viajantes que aqui estiveram sempre exaltavam a beleza da nossa terra, no entanto quando era pra falar da nossa gente sempre tinham um olhar de estranheza .Gândavo, citado pela autora, ao falar dos índios locais em seus relatos , afirmava que eles eram um povo sem fé, sem lei e sem rei”, sempre fazendo enunciações um tanto etnocêntricas. Em contrapartida também fala de autores que tinham alguns relatos digamos que positivos. Diante disso ela conclui “ [...] esse então novo mundo sempre foi “um outro” marcado por gente de costumes estranhos.”(p. 18).
Schwarcz coloca que Apesar de parecer como um tema debatido dentro do país, na verdade o tema raça no Brasil é quase um tabu. E para mostrar como isso é verdade ela também apresenta alguns dados de algumas pesquisas realizadas em anos distintos, que mostram que as pessoas entrevistadas não se consideram em sua maioria preconceituosa, mas sempre conhecem alguém que é, o que faz a autora afirmar que ninguém nega a existência do racismo no Brasil, mas a prática sempre é conferido ao “outro” , além de dizer que claramente que as pessoas tem dificuldade de assumirem publicamente que são preconceituosas, que sinaliza

Relacionados

  • Damas Negras: De Isaura, Bertoleza e Rita Baiana e a construçao do imaginario
    29036 palavras | 117 páginas
  • 1889- Laurentino Gomes
    117157 palavras | 469 páginas
  • 1889
    112450 palavras | 450 páginas
  • Discursos, Políticas e ações
    72495 palavras | 290 páginas