Negociação entre kraft e adams
A Adams do Brasil comprou parte da divisão de confeitos voltados para o público infantil da Kraft Lacta Suchard Brasil por R$ 90 milhões. A aquisição amplia de imediato, em 50% a capacidade de produção da Adams e permite que a empresa passe a produzir no Brasil parte das importações de chicletes e do dropes Halls. A intenção da companhia é fazer do Brasil um polo de exportação, uma vez que o custo de produção local é de 15% a 20% mais em conta que em outros países.
Na negociação, que durou cerca de cinco meses, entraram as duas fábricas da Kraft, uma em Bauru, interior do Estado de São Paulo, e outra no Bairro do Limão, na capital, e as marcas Ploc, Ping-Pong, balas Soft, Frumelo e o lanche Mirabel.
Ficaram de fora da transação os segmentos de refrescos, chocolates e confete da Kraft, explica Celso Ribeiro, diretor-financeiro para o Mercosul da Warner-Lambert, que tem a Adams como a sua divisão de confeitos.
A Adams tem duas fábricas no país, uma em Guarulhos (SP) e outra na Avenida do Estado, na capital, e respondeu por 80% do faturamento da Warner-Lambert no ano passado, que somou US$ 213 milhões.
Investimentos - Para os próximos quatro anos, a divisão Adams pretende investir R$ 150 milhões nas quatro fábricas no País. "Temos um plano agressivo", diz Ribeiro, destacando que estão previstos entre três e quatro lançamentos para o ano que vem. São produtos que já fazem parte do mix da companhia em outras partes do Mundo e passarão a ser fabricados aqui.
Com a mudança no câmbio, explica, ficaram proibitivas as importações. Em alguns produtos, o custo do importado equivale hoje a 90% do preço industrial. "Com isso, não há margem para a indústria."
Segundo Ribeiro, as vantagens competitivas de passar a fabricar algumas linhas de produtos aqui resultaram apenas da mudança no câmbio.
Ao contrário do que se pensa, o custo da mão de obra Brasileira não é mais em conta em relação ao de outros países, quando