Nação e império

Os Planos Imperiais: Expansão de Refluxo
O ano de 1851, início de uma nova fase política em Portugal – golpe de estado que derrubou o cabralismo (fim de um período de confronto agudo com vários episódios de guerra civil.
No campo colonial – a criação do Conselho Ultramarino (decreto de 23 de Setembro de 1851).
Este Conselho estava autorizado por sua iniciativa de “coordenar um sistema de colonização nos lugares para isso mais apropriados” bem como “indicar a maneira mais eficaz de dirigir para as Colónias portuguesas a emigração de Portugal” (decreto de 29-12-1852). Este novo orgão também viria a ter atibuições legislativas, contudo estas intenções nunca chegaram a concretizar-se. Evidenciam no entanto o lugar central que se pretendia conferir ao novo orgão. Este mesmo orgão não teria menor importância e peso que o anterior com o mesmo nome, nascido no séc. XVII, e extinguido em 1833 pela “nova ordem de coisas” (liberalismo). O vazio deixado em finais da década de 1830 levou a uma refundação do Conselho através de propostas apresentadas ao Senado, uma delas de Sá da Bandeira. Esta ideia com o apoio activo de Sá da Bandeira (membro da oposição histórica ao governo – importante líder do movimento setembrista em Portugal, nomeado para a presidência do Conselho Ultramarino) e A. M. de Fontes Pereira de Melo (pasta da Marinha), só veio a ter vencimento no interregno parlamentar que se seguiu ao golpe de Estado regenerador, 1851.
Com o início da Regeneração, é de novo a concepção imperial de Sá da bandeira que se impõe – a vontade semelhante à de 1838 de consolidar a soberania portuguesa em África. Os pequenos enclaves do litoral (colonização até então confinada até aí) – simples pontos terminais das rotas de comércio vindos do interior do continente, cujo controlo era em grande parte deixado aos povos autóctones – em territórios compactos, sem soluções de continuidade tanta na linha da costa como nos sertões do interior.
Moçambique (Maputo, antiga Lourenço