Natureza
Cultura – caracteriza por ser particular, que muda que varia que é imposto.
O incesto é universal portanto é natural e é cultural porque varia. O incesto é uma passagem do natural para o cultural. Em linhas gerais.
É a oposição entre comportamento humano e comportamento animal que fornece a mais notável ilustração da antinomia entre a cultura e a natureza.
"Onde acaba a natureza? Onde começa a cultura?" [Levi-Strauss:1976, p. 42].
Para o autor, esta questão é fundamental para a própria disciplina da Antropologia, e negar essa questão seria negar a possibilidade de se estudar a própria cultura humana, uma vez que não seria possível saber o que é cultural e o que é determinado biologicamente.
Lévi-Strauss então, faz justamente o esforço de buscar uma maneira de identificar em que momento seria possível determinar como o fim do biológico e o início do cultural, o início do social. Para isso ele vai tratar de alguns métodos possíveis de se descobrir o limite entre o biológico e o cultural.
Para ele:
O método mais simples consistiria em isolar uma criança recém-nascida e observar suas reações a diferentes excitações durante as primeiras horas ou os primeiros dias depois do nascimento. Poder-se-ia então supor que as respostas fornecidas nessas condições são de origem psicobiológicas, e não dependem de sínteses culturais ulteriores [Levi-Strauss:1976, p. 42].
A outra opção passa a ser a de procurar justamente na comparação entre o comportamento humano e o comportamento animal, colocando o comportamento humano como cultural e o animal como biológico. A utilização da "antinomia entre a cultura e a natureza" representada na relação entre homem e animal parte de um pressuposto pouco discutido de que o homem é o único animal que cria cultura. Este pressuposto, como eu disse, é pouco discutido, mas cada vez mais estão surgindo experiências que colocam isso em questão.
A opção passa a