narrativa juridica

NARRATIVA JURÍDICA SIMPLES E NARRATIVA JURÍDICA VALORADA
A narrativa forense deverá ser capaz de expor todos os fatos juridicamente importantes do caso concreto para que o juiz possa conhecer a lide e apreciar o pedido do autor. Ou seja,
O que ocorreu?
Quem são os envolvidos?
Onde e quando os fatos aconteceram?
Como a história se desenvolveu?
Por que o fato foi observado?
Essa seleção de o que é ou não relevante dependerá do interesse que o profissional está representando no processo. O que parece relevante para a parte autora pode não ser assim compreendido pela parte ré.

Modalização

MODALIZAÇÃO
De acordo com o dicionário eletrônico de Antônio Houaiss, modalizador significa:
Adjetivo e substantivo masculino. Diz-se de ou elemento gramatical ou lexical por meio do qual o locutor manifesta determinada atitude em relação ao conteúdo de seu próprio enunciado.
Ou seja, o locutor, ao expressar tal conteúdo, pode transmitir não apenas o seu teor, mas sua posição a respeito dele.
Ex.: A criança sentou no canto da sala./ A criança sentou no cantinho da sala.
A narrativa dos fatos tem o objetivo de revelar: informações necessárias no mundo jurídico (o fato jurídico, as partes envolvidas no conflito, onde e quando os fato ocorreu, quando ocorreu, a causa, como ele aconteceu) e informações relevantes de um caso concreto (são as informações necessárias para a defesa da tese).
A escolha das palavras, sua posição na frase, a forma como as associa, o uso da pontuação e até a opção de não registrar uma determinada palavra produzem sentidos, a fim de produzirmos enunciados que expressem exatamente o que desejamos transmitir.
Leia atentamente um trecho da narrativa dos fatos de uma Petição Inicial.
“Esse diploma foi conquistado não sem esforço, melhor se diria até, com grande sacrifício. Órfã de pai aos nove anos de idade, mais velha de três irmãs, teve a autora muito cedo que começar a trabalhar para ajudar sua mãe no orçamento doméstico; ...”