Nada

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A história de todo regime autocrático têm como parte integrante a existência de conjura que faz oposição ao regime. O produto natural do poder secreto é o antipoder, que é igualmente secreto e se apresenta na forma de complôs, conspirações, golpes de Estado, revoltas ou rebeliões distantes dos olhares dos representantes do palácio.
O poder autocrático age de forma secreta para ocultar suas reais intenções no momento em que as decisões se tornam públicas. Quando o contato com o público não pode ser evitado coloca-se uma máscara, de mentiras ou omissões. O poder deve resguardar-se de inimigos externos e internos, por isso tem o direito de simular e dissimular.
As relações de poder podem ser simétricas e assimétricas. O governo democrático nasce de um acordo ou pacto social, representa o tipo ideal de relação simétrica, enquanto o tipo ideal de relação assimétrica é a ordem instaurada pelo soberano numa relação de comando-obediência. O Panopticon tem como máxima “Tudo o que não é proibido é obrigatório”. Mas pode ser elevada à condição de modelo ideal de Estado autocrático, quando conduzida de modo que o príncipe é tanto capaz de fazer-se obedecer quanto mais onividente é, quanto é capaz de comandar sendo invisível. Nessa relação assimétrica de poder, quem comanda é mais “terrível” e está mais oculto (o súdito tem consciência do soberano mas não sabe onde ele está); e quem obedece é mais “dócil” e mais visível (o soberano deve saber onde está e o que faz). Segundo Foucault, sobre estender o mecanismo do Panopticon a outras instituições, os estabelecimentos “em que, nos limites de um espaço que não seja amplo demais, é necessário manter sob vigilância um certo número de pessoas”. O vigilante é o vidente visível, o prisioneiro é o não-vidente visível, o povo representa o vidente não-visto a não ser por si mesmo. O vidente invisível é ainda o soberano.

IDEAL DEMOCRÁTICO E REALIDADE
A democracia não cumpriu a promessa de autogoverno, nem a de igualdade não apenas

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